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Sistemas produtivos e manejo de resistência de plantas daninhas no Brasil: Estratégias para garantir a produtividade sustentável

 

No cenário agrícola brasileiro, o manejo eficiente de plantas daninhas é um desafio constante para os produtores. A resistência cada vez maior dessas plantas aos herbicidas tem exigido a adoção de estratégias inovadoras e sustentáveis para preservar a produtividade dos sistemas produtivos. Neste artigo, vamos explorar os sistemas produtivos e o manejo da resistência de plantas daninhas no Brasil, destacando a importância da implementação de práticas integradas e sustentáveis.

O desafio da resistência de plantas daninhas

No Brasil, a agricultura é altamente diversificada, abrangendo cultivos como soja, milho, cana-de-açúcar, frutas, hortaliças, entre outros. Cada sistema produtivo apresenta características e desafios específicos no que diz respeito ao manejo de plantas daninhas. A escolha adequada das práticas de controle é fundamental para garantir a saúde das culturas e a rentabilidade das atividades agrícolas.

 

A resistência de plantas daninhas aos herbicidas é um problema crescente no Brasil. Com o uso intensivo desses produtos, as plantas daninhas têm desenvolvido resistência a diferentes princípios ativos, tornando o controle cada vez mais difícil. A resistência pode reduzir significativamente a eficácia dos herbicidas, comprometendo a produtividade e aumentando os custos de produção.

 

Para enfrentar o desafio da resistência, é fundamental adotar práticas integradas de manejo de plantas daninhas. A diversificação de táticas é uma estratégia eficaz, que envolve o uso de diferentes métodos de controle em combinação. A rotação de culturas, por exemplo, ajuda a reduzir a pressão de seleção sobre as plantas daninhas, pois diferentes culturas exigem diferentes herbicidas e práticas de controle.

 

De acordo com o Engenheiro Agrônomo e Prof. Dr. Aldo Merotto, da UFRGS, recentemente o mercado requisitou diversas mudanças associadas à resistência de plantas daninhas aos pesticidas, compostos químicos e herbicidas. “Os produtos que antes eram eficientes no manejo, atualmente passam a não ser, pelo menos não sozinhos. Na indústria global, ainda não foram produzidos novos produtos revolucionários e eficazes para essa problemática”, atesta.

 

Os herbicidas pré-emergentes possuem suas limitações e são altamente dependentes das condições de umidade do solo, no entanto, são agentes que facilitam e auxiliam no controle com produtos pós-emergentes. Em relação a variabilidade de efeito, ou seja, o modo de ação, torna-se apenas diferente que os herbicidas pós-emergentes.

 

 

Para Merotto, o cenário atual é de adaptação em relação a reutilização de alguns produtos antigos associados com o uso de produtos novos como alternativa a essa questão, no entanto, ainda não há 100% de eficácia equivalente aos resultados anteriores a essa demanda. “No momento, não temos uma solução milagrosa disponível no mercado, por isso, precisamos utilizar novas ferramentas e tecnologias, como o Provisia, em conjunto com as já utilizadas tradicionalmente, adquirindo assim, uma diversificação de ingredientes ativos tanto em pré como em pós. Com isso, conquistamos uma maior performance no controle e maior longevidade das novas moléculas”, explica.

Pulverização de herbicidas em lavoura

Manejo integrado de plantas daninhas (MIPD)

O Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) é uma abordagem que busca controlar as plantas invasoras de forma eficiente e sustentável. Essa técnica envolve a combinação de diferentes métodos de controle, visando maximizar a eficácia do manejo e reduzir os impactos ambientais.

 

Uma das principais técnicas utilizadas no MIPD é a diversificação de táticas. Isso envolve a adoção de diferentes métodos de controle, como o uso de herbicidas, controle mecânico, controle biológico e práticas culturais. A diversificação de táticas é importante para diminuir a pressão de seleção sobre as plantas daninhas, reduzindo a probabilidade de desenvolvimento de resistência.

 

Além disso, o MIPD valoriza a adoção de práticas culturais que promovam a competitividade das culturas em relação às plantas daninhas. Isso pode incluir a escolha de variedades mais tolerantes, o manejo adequado do solo, o espaçamento adequado entre as plantas e o uso de cobertura vegetal. Essas práticas auxiliam no controle das plantas daninhas ao promover o desenvolvimento vigoroso das culturas.

 

O monitoramento regular das áreas cultivadas também é uma prática importante no MIPD. Isso permite identificar precocemente a presença de plantas daninhas e adotar medidas de controle de forma oportuna. O monitoramento é essencial para evitar a disseminação das plantas invasoras e garantir a eficiência do manejo.

 

Segundo o Consultor Técnico de Vendas Planfer, Keller Schaun, uma das principais preocupações dos produtores de soja na região sul é o caruru-palmeri (amaranthus palmeri), uma planta daninha originária de regiões áridas do Estados Unidos e México, presente em vários países. No Brasil, identificou-se resistência múltipla a herbicidas de diferentes mecanismos de ação. 

 

A maior frequência de resistência em na região é a uma molécula do herbicida Glyphosate (EPSPs), decorrente da pressão de utilização em lavouras de soja, sendo um dos principais produtos para controle de plantas daninhas nesta cultura. “As novas tecnologias de semente Enlist e XTEND, associadas às boas práticas de manejo, como o plantio direto sobre cobertura de solo (palhada) junto à utilização  de pré-emergentes, nos mostrará resultados satisfatórios no controle dessa planta daninha com alta resistência, assim, garantindo maior produtividade da safra”, certifica Schaun.

 

 

Basicamente, o Manejo Integrado de Plantas Daninhas é uma abordagem estratégica e sustentável para controlar as plantas invasoras. Por meio da diversificação de táticas, adoção de práticas culturais adequadas e monitoramento regular, é possível manter as áreas produtivas livres de plantas daninhas de maneira eficiente e minimizando os impactos ao meio ambiente.

Abordagens estratégicas e sustentáveis para controlar plantas daninhas em sistemas produtivos

Existem diversas abordagens estratégicas e sustentáveis para controlar as plantas daninhas em sistemas produtivos, entre elas está a rotação de culturas, culturas de cobertura, controle mecânico, controle biológico e práticas de manejo do solo. 

 

Ao combinar essas abordagens estratégicas e sustentáveis, os produtores podem obter um controle eficiente das plantas daninhas em seus sistemas produtivos, garantindo a sustentabilidade e a produtividade a longo prazo. Nas práticas de manejo do solo, por exemplo, a saúde e a qualidade do solo desempenham um papel importante no controle de plantas daninhas. A adoção de práticas de manejo do solo juntamente com uma segunda alternativa, podem reduzir o estabelecimento e o crescimento das plantas daninhas. Um solo saudável também beneficia o desenvolvimento das culturas, aumentando sua competitividade no setor. 

 

Cada abordagem deve ser adaptada às particularidades de cada cultura e considerar a conservação dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente. Para saber mais, entre em contato com nossos consultores técnicos e eleve o potencial produtivo da sua lavoura ao máximo.


Setor de Comunicação e Marketing Planfer